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PROJETOS DE PISO SALARIAL DOS ACS E ACE E DEMAIS CATEGORIAS NÃO CAUSARÃO IMPACTOS NOS MUNICIPIOS

Projetos de piso salarial não avaliam impacto

orçamentário local

Cerca de 60 propostas em tramitação preveem pisos salariais nacionais para
diversas categorias. Porém, muitas delas não preveem o impacto orçamentário
em estados e municípios, o que leva sua aplicação aos tribunais.
A Câmara tem atualmente cerca de 60 propostas, entre projetos de lei
ordinária e complementar e propostas de emenda à Constituição, que esta-
belecem pisos salariais nacionais para diferentes categorias, como médicos,
policiais e professores. Caso sejam aprovados, alguns deles terão impacto no
orçamento dos estados e municípios — mas, hoje, a análise que a Câmara faz
da viabilidade das propostas é apenas sobre o impacto que trazem à União.
Os pisos previstos nos projetos variam de R$ 598, para auxiliares de enfermagem,
a R$ 4.650, para advogados, zootecnistas, fonoaudiólogios, fisioterapeutas,
enfermeiros, entre outras profissões (veja tabela abaixo).
Falta análise orçamentária
Todas as propostas que geram impacto orçamentário precisam passar pela
Comissão de Finanças e Tributação, que tem o poder de arquivar um projeto
caso ele não preveja a fonte de receita para sua implementação (avaliação
terminativaO parecer terminativo determina o arquivamento do projeto, dependendo
da análise dos aspectos de admissibilidade, que é feita pelas comissões de Constituição
e Justiça e de Cidadania; de Finanças e Tributação; e por comissão especial.
A CCJ analisa se a proposta está de acordo com a Constituição e com as normas
gerais do Direito (constitucionalidade e juridicidade). A Comissão de Finanças
analisa a adequação financeira e orçamentária dos projetos que alterem o sistema
financeiro ou envolvam receitas ou despesas públicas. Entre outros aspectos,
essa análise leva em conta se a proposta está de acordo com as normas do
sistema financeiro nacional e se as fontes dos gastos previstos no projeto estão
indicadas no Orçamento do ano seguinte. A proposta que for rejeitada nessas
comissões, em relação a esses aspectos específicos, terá sua tramitação terminada
e será arquivada, independentemente de ter sido aprovada por outras comissões.
Em vez do arquivamento, entretanto, a proposta poderá seguir para votação no
Plenário se houver recurso de um décimo dos deputados (51) contra o parecer
terminativo.). Porém, só cabe à comissão avaliar a viabilidade financeira em relação
à União — mesmo porque seria impossível avaliar a proposta à luz do orçamento
dos quase 6 mil municípios brasileiros.
Assim, os estados e municípios ficam obrigados a cumprir uma lei sem que,
muitas vezes, tenham verba para isso. O presidente da Confederação Nacional
dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, projeta que se todas as propostas que
estabelecem pisos para profissionais de saúde forem aprovadas haverá uma
conta a pagar de quase R$ 50 bilhões. De acordo com o presidente da CNM,
esse valor representa toda a arrecadação própria de todos os municípios do
Brasil, sem os repasses. "Isso é uma inconsequência e uma irresponsabilidade
do Congresso", disse.
O consultor legislativo de orçamento na área de saúde Mário Luis de Souza
também critica a falta de preocupação com a questão. "A União legisla
impactando os demais entes federados".
Para o consultor legislativo de orçamento na área de adequação financeira Eber
Zoehler, a grande questão sobre as propostas que estabelecem pisos salariais é
"o tratamento igual [um piso salarial de uma categoria] a entes desiguais [um município
como São Paulo e outro como Quixeramobim]". Para ele, o Congresso não poderia
estabelecer regras que gerem obrigações aos executivos estaduais e municipais.
Hoje em dia, há apenas duas categorias com previsão de piso salarial estabelecida na
constituição: os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias
(cujos pisos ainda não foram definidos) e os profissionais da educação escolar
pública. Os professores tiveram seu piso estabelecido por lei em 2008 (de R$ 950),
mas, mesmo com a previsão constitucional, o piso está sendo questionado no
Supremo Tribunal Federal (STF).
Fora da competência da comissão
De acordo com o presidente da Comissão de Finanças e Tributação, deputado
Pepe Vargas (PT-RS), não é atribuição do colegiado avaliar o impacto sobre
orçamentos de estados e municípios. "É o autor do projeto ou relator da matéria
que deve garantir essa análise de impacto, tem de prever a fonte de custeio ou deve
reduzir alguma despesa", afirmou o parlamentar.
Para o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), também integrante da comissão,
propostas que geram impactos nos outros entes são inconstitucionais. "Como eu
vou, em nível federal, fixar uma despesa e dizer para o estado: vocês paguem?
Foge ao bom senso e à legislação", afirmou. Para ele, a criação de pisos de
diferentes carreiras, na esteira do que foi decidido para profissionais do magistério
e de saúde, pode criar dificuldades para controlar os orçamentos públicos. "Se
fomos levar no limite essa regra, não precisaremos mais fazer orçamento", reclamou
o parlamentar.
Madeira sugere que somente matérias que digam respeito a gastos da União sejam
analisadas pelos deputados federais. Na opinião dele, os gastos dos estados e
municípios devem ser aprovados pelos respectivos poderes legislativos, ou seja,
assembleias legislativas e câmaras municipais.
Para o deputado Guilherme Campos (DEM-SP), os integrantes da Comissão de
Finanças devem estar atentos à capacidade de custeio dos demais entes da
federação. "Do jeito que está sendo colocado hoje, não tenho dúvida: vai haver
um aumento na carga tributária, que já é tão alta", argumentou.

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ORAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

Acalma meu passo, apressado, ó Senhor, torna-me um instrumento mais eficaz da tua misericórdia.

Abençoa a minha mente para que eu não seja indiferente ou insensível, mas esteja atento às necessidades do irmão que sofre.

Abençoa meus olhos para que estejam abertos para reconhecer o teu rosto no rosto de cada doente, leva-me a descobrir a luz e os tesouros interiores de cada um.

Abençoa meus ouvidos para que acolham as vozes dos que pedem para serem escutados e respondam as mensagens dos que não sabem expressar-se.

Abençoa minhas mãos para que não permaneçam fechadas e indiferentes, mas transmitam calor e proximidade a quem precisa de uma presença amiga.

Abençoa os meus lábios para que não pronunciem frases feitas de palavras vazias, mas transmitam compreensão e carinho de um coração que ama.

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